O relatório de sustentabilidade está se tornando parte fundamental da gestão empresarial. Não se trata de uma simples formalidade, mas de um processo essencial para garantir que as empresas estejam alinhadas com as normas internacionais de transparência e que suas práticas sociais e ambientais sejam auditadas corretamente.
Com as novas regulamentações brasileiras, organizar e manter os documentos certos do relatório de sustentabilidade tornou-se um requisito indispensável para companhias abertas e instituições financeiras.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou que essas normas sejam obrigatórias para as companhias abertas a partir do exercício social de 2026, com publicação dos relatórios em 2027.
Relatório de sustentabilidade é um documento por meio do qual as empresas compartilham informações sobre suas práticas relacionadas ao meio ambiente, à sociedade e à governança.
Esses relatórios ajudam a mostrar como a empresa está contribuindo para a sustentabilidade e como gerencia os impactos de suas atividades.
Assim, a partir de 2026 as empresas listadas na bolsa de valores precisarão seguir novas regras para elaborar relatórios de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade seguindo os padrões do International Susteinability Standards Board (ISSB).
Elas foram estabelecidas pela Resolução 193 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com base nas normas internacionais do International Financial Reporting Standards (IFRS) S1 e S2.
Com isso, algumas empresas passam a ser obrigadas a divulgar informações sobre riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade e ao clima.
A partir de 1 de janeiro de 2026, todas as companhias abertas listadas na Bolsa de Valores, como a B3, serão obrigadas a elaborar e divulgar relatórios de sustentabilidade com base nas normas internacionais
As companhias abertas são empresas que têm suas ações negociadas na bolsa de valores. No Brasil, aproximadamente 420 companhias abertas estão listadas na B3.
São empresas de diversos setores como construção civil, energia, logística, indústria de transformação dentre outras. Essas empresas devem seguir regras específicas de governança e divulgação de informações, incluindo relatórios de sustentabilidade.
Para se preparar para essa mudança, é fundamental que as empresas organizem e mantenham documentos comprobatórios de suas práticas ambientais e sociais.
Além disso, essas exigências impactam diretamente os fornecedores dessas companhias. O IFRS S2, por exemplo, exige que as empresas relatem as emissões de gases de efeito estufa de sua cadeia de valor, incluindo as emissões indiretas (Escopo 3), que envolvem fornecedores e clientes.
Isso significa que os fornecedores também precisam estar preparados para fornecer informações e documentos que comprovem suas práticas sustentáveis.
Portanto, é essencial que as elas se antecipem e organizem adequadamente seu relatório de sustentabilidade
A gestão eficiente desses documentos não só facilita a elaboração dos relatórios exigidos, mas também demonstra o compromisso da empresa com a transparência e a responsabilidade socioambiental.
Saiba como organizar melhor os documentos da sua empresa
Além de preparar cenários climáticos, mapear riscos e definir metas, gestores precisam garantir que cada documento passe pelo fluxo correto de aprovação, armazenamento e auditoria. Sem um sistema consistente de gestão documental, a empresa corre risco de atrasos, inconsistências e não conformidade.
Para fornecedores, a obrigação se estende. Contratos, certificados de emissão de gases de efeito estufa, registros de treinamentos e laudos ambientais devem estar acessíveis sempre que a companhia listada solicitar. A falta de evidências claras pode levar à reprovação de relatórios ou à imposição de sanções pela CVM.
Como organizar suas evidências de sustentabilidade com ajuda da Acervo
Descrição dos processos de governança, incluindo papéis e responsabilidades do conselho e da diretoria na supervisão da sustentabilidade, gestão de riscos ESG e integração com a contabilidade corporativa.
Análise de materialidade financeira, identificando riscos e oportunidades que afetam fluxo de caixa, custo de capital ou acesso a financiamento.
Mapeamento detalhado de riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade com impacto financeiro potencial, incluindo físico, transacional ou reputacional.
Informações específicas sobre clima, incluindo análise de cenários (ex. 1,5 °C), emissões (escopos 1‑3), impacto físico e de transição, políticas ambientais, estratégias de mitigação e adaptação.
Indicadores quantitativos e metas, como emissões de GEE, consumo de água, energia, resíduos, metas climáticas alinhadas.
Comparativos históricos a partir do segundo exercício de adoção, com valores do período anterior para permitir análise evolutiva.
Asseguração limitada por auditor independente registrado na CVM exigida até dezembro de 2025, para relatórios voluntários.
Asseguração razoável obrigatória a partir de exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2026, com avaliação de controles internos e testes de efetividade operacional dos processos de sustentabilidade.
Inclusão simultânea das informações de sustentabilidade dentro das demonstrações financeiras (relatório de sustentabilidade integrado) ou como relatório separado, desde que divulgado no mesmo prazo das demonstrações oficiais.
Empresas listadas na bolsa e seus fornecedores enfrentam prazos apertados e exigências rigorosas para reunir, organizar e comprovar documentos relacionados à sustentabilidade.
Nessa jornada, contar com um parceiro de BPO em gestão documental faz toda a diferença.
A terceirização desse processo reduz riscos operacionais, libera tempo das equipes internas e garante que cada documento siga um fluxo padronizado de recebimento, classificação, validação e arquivamento, sem que a empresa precise investir em infraestrutura própria.
Ao optar pelo outsourcing, a companhia não precisa se preocupar com servidores, backups ou atualizações de software.
A Acervo cuida da segurança física e digital dos arquivos, aplica controles de acesso consistentes e mantém trilhas de auditoria detalhadas.
Assim, quando chegar a hora de preparar o relatório de sustentabilidade, todos os documentos estarão organizados em um sistema seguro e de fácil acesso, evitando retrabalho e extravios.
O resultado é mais agilidade no acesso às informações, redução de tempo gasto em processos administrativos e visibilidade em tempo real sobre pendências e prazos.
É importante destacar que a Acervo não desenvolve relatórios de sustentabilidade personalizados.
O papel da empresa é estruturar, organizar e dar suporte documental para que cada organização tenha seus dados prontos e confiáveis na hora de elaborar o próprio relatório, de acordo com as exigências do ISSB e da CVM.
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